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sexta-feira, 18 de outubro de 2019

DEM aguarda saída de Bolsonaro do PSL para fechar fusão dos partidos

Rodrigo Maia (RJ) do DEM articula com presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), uma possível fusão entre os dois partidos e com partidos do Centrão (bloco formado por DEM, PP, PL, Republicanos e Solidariedade). É o que informa,  o Estadão.

Depois de tentantiva de fusão com PSDB falhar, Rodrigo Maia 
articula fusão com partidos do centrão e com o PSL

A “inconfidência” de Maia foi feita durante churrasco oferecido por ele ao deputado Alexandre Frota (SP), que comemorava 56 anos. Frota foi expulso do PSL em agosto, após criticar Bolsonaro, e se filiou ao PSDB. Na festa, ocorrida na residência oficial da Câmara, estavam integrantes do chamado “PSL bivarista”, além de políticos de outros partidos.
As conversas com a direção do DEM começaram pouco antes de a crise entre Bolsonaro e o PSL vir a público. Um dos participantes desses encontros contou que Bivar pressentia um “fim tumultuado” do relacionamento e já havia manifestado interesse de migrar para o DEM.
A ala pró-Bolsonaro tenta destituir Bivar e seus aliados para comandar a legenda e os fundos partidário e eleitoral. Estão em jogo cerca de R$ 400 milhões de repasses públicos até 2020, ano de disputas municipais. A cifra pode chegar a R$ 1 bilhão até 2022, quando haverá eleição presidencial. Bolsonaro somente mudará de partido se a estratégia de “refundar” o PSL não vingar.
A crise anima o Centrão. Com cerca de 230 dos 513 deputados, esse núcleo planeja criar dificuldades para Bolsonaro “patrocinar” a formação de outra legenda. Em recente reunião na Câmara, dirigentes do bloco começaram a alinhavar as linhas gerais de um projeto que endurece a punição para deputados que mudarem de partido. A proposta tem o objetivo de atrapalhar os planos dos bolsonaristas, caso vingue a ideia da união entre os bivaristas e o DEM. No caso de uma fusão, nenhum parlamentar corre o risco de perder o mandato.
O DEM tentou sem sucesso a fusão com o PSDB, mas as conversas não prosperaram. Dirigentes envolvidos nas atuais negociações observaram que a chance de casamento entre o DEM e o PSL é hoje muito maior do que a aliança com os tucanos.
Adepto da ala bivarista, um deputado do PSL disse ao Estadão, sob a condição de anonimato, que a união pode ser a saída para os parlamentares que não concordam com Bolsonaro. Nas últimas reuniões, as cúpulas dos dois partidos também chegaram a alinhavar como ficariam as principais candidaturas para as próximas eleições e qual seria o nome da nova sigla.
Em Salvador, por exemplo, DEM e PSL são aliados. Interessada em disputar a Prefeitura de São Paulo, em 2020, e com muitas resistências do PSL de Bolsonaro, a deputada Joice Hasselmann (SP) já teve várias reuniões com Maia e com ACM Neto, presidente do DEM, para discutir uma possível filiação ao partido. Joice foi destituída da liderança do governo no congresso, por ser do grupo pró-Bivar. No caso da disputa paulistana, porém, o movimento depende de uma estratégia casada com o governador João Doria. Pré-candidato à sucessão de Bolsonaro e aliado de Rodrigo Maia. Doria apoia oficialmente a campanha à reeleição do prefeito Bruno Covas (PSDB).

“Com informações do Estadão

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